quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Surge a cidade de Macaé

No ano de fundação de Cabo Frio (1615) tem início a conquista dos Goitacás do Norte, com um triste episódio. Os habitantes da nova vila exigem a destruição dos nativos da vizinhança e espalham em seus campos roupas de doentes de varíola, a fim de contaminá-los. A medida desumana não traz qualquer vantagem aos feitores. O índio continua arredio e, nas planícies de Campos, ainda se mostra "intratável". Só com a ameaça de pirataria na região surge o interesse no povoamento de Macaé. Durante o domínio da Espanha sobre Portugal, o então ministro espanhol em Londres, o estadista Gondomar, alertou o governo de Madri quando soube da pretensa invasão de aventureiros ingleses. Sem recorrer à luta, o hábil diplomata conseguiu fazer com que os ingleses desistissem da investida. Mesmo assim, o governo espanhol tomou providências para defender a terra, ordenando ao governador-geral Gaspar de Souza que estabelecesse de cem a duzentos índios numa aldeia sobre o rio Macaé, defronte à Ilha de Santana, e que fundasse um povoamento semelhante sobre o rio Leripe (hoje Rio das Ostras), onde os inimigos cortavam as madeiras colorantes de Pau-brasil, principal mercadoria contrabandeada.

O filho de Araribóia, Amador Bueno, chefiou o povoado que corresponde hoje à cidade de Macaé. O outro núcleo primitivo se estabeleceu na Freguesia de Neves, onde o missionário Antonio Vaz Ferreira conseguiu catequizar os índios que campeavam às margens dos rios Macaé, Macabu e São Pedro.

 A colonização oficial, feita pelos jesuítas, só teve início em fins de 1630, quando eles começaram a erguer a Capela de Santana, um engenho e um colégio num lugar posteriormente conhecido como a Fazenda dos Jesuítas de Macaé. A dominação dos goitacás, e o possível acesso às suas planícies, foram conquistas obtidas pelo trabalho conjunto dos jesuítas João de Almeida, João Lobato e, principalmente, Estevão Gomes, capitão-mor de Cabo Frio. Rico senhor do Rio de Janeiro, Gomes conseguiu apaziguar os selvagens, por ter-lhes prestado ajuda na época da epidemia provocada pelos colonizadores.

Em 1695, um dos sucessores dos Sete Capitães, Luis de Barcelos de Machado, construiu a Capela de Nossa Senhora do Desterro, num lugar posteriormente conhecido como Freguesia do Furado e transferido em 1877 para os domínios do distrito de Quissamã. Apesar de todos esses esforços de colonização, até o fim do Século XVII, Macaé continuou desprotegida. Nas ilhas de Santana instalou-se um centro de piratas franceses que, em 1725, saqueavam todo o litoral. Roubavam embarcações e assaltavam os que traziam gados e mantimentos para a cidade do Rio de Janeiro.

Com a expulsão dos jesuítas, em 1795, por ordem do Marquês de Pombal, a localidade recebeu novos imigrantes vindos de Cabo Frio e de Campos para ocupar as terras já apaziguadas. O povoado progrediu, surgiram novas fazendas e engenhos. O desenvolvimento da região garantiu sua elevação à categoria de vila, com o nome de São João de Macaé em 29 de julho de 1813.

Com o território desmembrado de Cabo Frio e Campos, Macaé torna-se município em 25 de janeiro de 1814. Passagem terrestre obrigatória entre o Rio de Janeiro e Campos, Macaé foi sede do registro criado pelos viscondes de Asseca, com a função de cobrar impostos e fiscalizar tudo o que saía da Paraíba do Sul, mantendo o território sob ferrenha opressão. Em 15 de abril de 1846, a lei provincial nº 364 eleva a Vila São João de Macaé à categoria de cidade.

sábado, 22 de outubro de 2011

Macaé - Um pouco mais de História - Povoação

Data do século XVII a sua povoação , cuja ocupação inicial se deu,a pedido do governador geral do Brasil, para fazer frente aos contrabandistas que cobiçavam o pau-brasil, abundante na região.

Na divisão das capitanias hereditárias (15 ao todo), Macaé situa-se (existem duas versões) em uma capitania - a de São Tomé - ou em duas capitanias - a de São Tomé e São Vicente. Os portugueses estabelecerama aqui o primeiro povoamento composto por cerca de 200 indios goitacazes aculturados e alguns portugueses, liderados pelo filho de Araribóia, Amador de Souza. Nasce, então, Macaé, por volta de 1615. Posteriormente, com o abandono da Capitania de São Tomé, as terras foram divididas em sesmarias e doadas aos "sete capitães", que ficaram com as terras ao norte do Rio Macaé e os jesuítas (1630) com as terras do sul do Rio Macaé, que deram origem aos distrito-sede, fundando a fazenda Macaé (1634). "Sete Capitães"eram militares portugueses que lutaram na expulsão dos franceses da Baía de Guanabara, as terras entre o Rio Macaé e o Cabo de São Tomé. O núcleo inicial de Macaé progrediu apoiado na economia canavieira, em torno da antiga Fazenda dos Jesuítas de Macaé (1630), constituída de engenho, colégio e capela situada no Morro de Santana. 

No início do século XIX, o povoado estava às vésperas de seu segundo centenário, mas seu desenvolvimento esbarrava na falta de autonomia administrativa, concedida, finalmente, em 1813, quando o Príncipe Regente D.João elevou o povoado à categoria de Vila de São João de Macahé.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

VLT (Veículo Leve sobre trilhos) em Macaé

Durante anos acompanho a persistência do meu pai e a luta de alguns ferroviários aposentados pela volta do trem em Macaé. Não somente por que o trem faz parte da história da cidade, mas principalmente pela notória necessidade de uma providência efetiva na solução ao caos que se tornou o trânsito na nossa cidade.

Esta luta intensificou-se quando começaram os rumores que o prefeito estava planejando retirar os trilhos que cortavam a cidade. Pânico geral. Seria uma perda inestimável e com certeza um baque terrível na esperança desses homens verem novamente o trem apitando na nossa Princezinha do Atlântico.  Porém, após várias tentativas, uma comissão conseguiu chamar a atenção do nosso prefeito Riverton para as intenções e as razões que motivam o Movimento Ferrovia Viva. Como homem de bom senso, o prefeito, como dito por ele mesmo, foi pesquisar, investigar se seria realmente viável fazer o trem rodar novamente e por conseguinte deixar de lado o projeto do "ligeirinho" que colocaria onibus articulados em uma linha expressa.  Após um certo tempo, o prefeito se convenceu que o trem seria uma ótima solução, e iniciou-se então o projeto do VLT.

Muito já foi feito em relação a implantação do VLT, (que será assunto de outros posts),  inclusive tivemos um protótipo que ficou exposto na antiga estação ferroviária (foto abaixo) e também durante a exposição agropecuária. Mas apesar de todas as notícias da mídia, posso verificar que a maioria da população ainda não acredita que o trem vai voltar a rodar, não acredita que o VLT é um projeto consistente, real. Este é um dos motivos para este post e para eu divulgar as notícias e os links abaixo.


Abaixo notícia publicada no site: http://roselypellegrino.wordpress.com/2009/08/05/vlt-de-maca-agora-realidade-julio-lopes-e-riverton-mussi-assinam-contrato-operacional/
Data: 05/agosto/2009  -
Texto: Thais Martins & Fabíola França
"Agora está assinado e não tem volta. Macaé entrou para a história do estado, como a primeira cidade do Rio de Janeiro a disponibilizar à população, o serviço de veículo leve sobre trilhos (VLT) para passageiros, o popular “Metrô sobre Trilhos”. Em evento realizado na noite desta quinta-feira, 30/7, em meio às comemorações dos 196 anos do município, na Estação Central da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), foi assinado pelo secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, prefeito de Macaé, Riverton Mussi, secretário municipal de Mobilidade Urbana, Jorge Siqueira Tavares, pelo diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mario Rodrigues, e pela diretora de Desenvolvimento de Negócios da FCA, Silvana Alcântara, o contrato operacional deste novo modal de transporte ferroviário, que cortará a cidade num sistema de integração aos usuários.
Antes de dar início oficial à realização do evento, as autoridades foram surpreendidas não só com a renovação e recuperação total dos muros, pisos, banheiros, logotipos, da Estação Central, tudo recauchutado pelo setor de serviços gerais da prefeitura de Macaé, mas pela recepção ao som do grupo de chorinho e samba, Lyra dos Conspiradores, fundado à 126 anos, em Macaé. Fazia parte ainda da decoração, atores vestidos com roupas do século passado, como personagens reais, daquela época, que literalmente, usavam os trens de passageiros, tal qual o VLT, como único meio de locomoção.
A cerimônia foi aberta, às 19h, pelo secretário Jorge Siqueira, que fez questão de relatar as dificuldades enfrentadas pela prefeitura e pela secretaria estadual de Transportes, para a conquista do trem. “Foram cinco meses de luta. O povo não calcula quanto esforço foi feito e barreiras ultrapassadas para estarmos hoje aqui, celebrando a implantação do VLT. Esse trem transportará por dia, cinco mil passageiros, em um sistema que atravessará 23km de linha férrea ligando os bairros Lagomar e Imboassica. Eu quero registrar que o Julio Lopes, para nós, representou muito mais que um parceiro nessa luta, o secretário é nosso irmão. Desde o início, no nosso primeiro contato, o Julio vestiu a camisa, acreditou no projeto, e junto conosco, pelo povo de Macaé, o tornou realidade. Repito aqui as palavras do governador Sergio Cabral, “Julio, você teve muita audácia de ir atrás dessa realização junto com o Riverton”. Mas foi isso mesmo, uma trabalheira vitoriosa!”, finalizou.
O secretário Julio Lopes, abriu seu discurso com muita emoção, diante de mais de 150 macaenses, afirmando que o prefeito Mussi acabara de entrar para a história do estado, que como visionário que é, sem perceber, construiu para o futuro, pois o VLT veio para ficar, e daqui à um século, ele ainda servirá aos moradores da cidade. E o nome do prefeito, ninguém mais pode retirar dessa história.
“Isso que acontece hoje é incrível. Pouquíssimas autoridades têm essa maneira de se colocar, tem essa postura. E colocar o Jorjão à frente desse desafio foi a escolha mais acertada, foi uma luta. A FCA, foi osso duro de roer, mas, com diálogo, a nossa Silvana Alcântara, queridíssima por todos, conseguiu convencer o seu presidente, Marcelo Spinnelli, da importância do VLT à cidade. O Mário Rodrigues, diretor da ANTT, é um parceiro permanente. Mas ele tem um grande líder, o Dr. Bernardo Figueiredo, diretor geral da Agência,é um dos homens que mais entende de transporte no país, e lado a lado temos realizado inúmeros projetos na região e em todo o estado. E é através dele, e de todos os parceiros da ANTT, que eu adianto aqui, que a duplicação da BR-101, a estrada da morte, começará esse ano. A previsão, inacreditavelmente, era para 2023, mas nós conseguiremos, com a ajuda do Riverton e dos outros prefeitos da região, cumprir a meta, e iniciarmos essa duplicação até dezembro”, finalizou o secretário.
Após discurso do diretor da ANTT, Mario Rodrigues, felicitando à cidade e elogiando a iniciativa da secretaria estadual de Transportes e da prefeitura local, o prefeito Riverton Mussi finalizou a solenidade, convocando à todos para a assinatura do contrato, e em seguida, deixou o registro que o secretário Julio Lopes acabara de ser, formalmente, convidado à receber o título de cidadão macaense.
“Nosso agradecimento de verdade Julio. Você pode ter certeza, que com essa parceria, o seu nome estará ao lado do meu e do nosso Jorjão, escrito no livro da história de Macaé. E quero ainda adiantar, que o nosso VLT será construído no Ceará e em dois anos estará em funcionamento. Mas, enquanto isso, já em parceria com o secretário, iremos à Espanha, já nos próximos dias, tentar, eu repito, iremos tentar, viabilizar o empréstimo de alguns vagões no mesmo estilo do VLT, para ser colocado imediatamente em uso pela população, até que o nosso legítimo e macaense trem, fique pronto,” concluiu o prefeito surpreendendo mais uma vez à todos."

Protótipo do VLT em Macaé-RJ (Foto: Divulgação/Prefeitura de Macaé)

Links: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/06/macae-recebe-r-47-milhoes-do-governo-federal-para-vlt-do-rj.html

http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2010/07/31/macae-larga-na-frente-ganhara-vlt-em-2011-917291383.asp

http://www.webtranspo.com.br/ferroviario/7695-fca-apoia-projeto-de-vlt-em-macae

https://www.clickmacae.com.br/?sec=47&pag=noticia&cod=8116

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Lenda da Noiva da Ponte

Quando a Ponte Velha de Macaé-RJ existia e era o único caminho para ir do Centro da Cidade à Barra havia uma moça loira, muito linda e seu maior sonho era se casar. Até que ela  arranjou um noivo rico e logo tratou de arranjar um vestido. Ela procurou em todos os lugares até que encontrou um que parecia que tinha sido feito para ela, era como se houvesse uma ligação entre os dois. Ela comprou o vestido, que não foi barato. Só que a felicidade dela iria durar pouco por que quando a moça voltava da loja de vestidos o motorista perdeu o controle e o ônibus que ela estava caiu da ponte, todos conseguiram sair para a superfície, porém a noiva que já estava em terra quando se deu conta que tinha esquecido do vestido no ônibus resolveu nadar até lá, ela foi ... só que não voltou, seu corpo nunca mais foi achado. Até aí é verdade, agora vem a lenda. Vários motoristas na madrugada dizem ter visto uma noiva loira caminhando pela Ponte Velha e outros dizem vê - la pedindo carona na nova ponte que é bem maior que a velha (ela é praticamente colada com a ponte velha). Autor: Contador de Lendas (http://www.sobrenatural.org/)

Ponte antiga de Macaé

O feiticeiro de Macaé

O  fato ocoreu na decada de 20, quando Macaé era uma simples vila de pescadores. Havia em Macae um homem cuja o nome será chamado como Benedito ( não posso revelar o nome pois a familia existe).  Esse homem tinha um grande dominio sobre a sociedade Macaense, devido a seus poderes sobrenaturais. Diziam os antigos que este homem tinha poderes de se transformar em qualquer tipo de animal. E tambem se trasformava em um cupinzeiro (casa de cupins). Esse homem era muito temido, devido a seus dons. Alguns moradores antigos daquele lugarejo contaram que em certa feita o feiticeiro desejou a filha de um grande fazendeiro. A moça tinha uma beleza imensuravel, mas ao depara -se com o feiticeiro ela o negou. Então movido pelo ódio, o feiticeiro lançou uma maldição dizendo: _ todo aquele que o anel de noiva lhe dar sua vida consumida será! Ao lançar essa maldição cuspiu na entrada de sua casa. Passado os tempos essa moça nunca conseguiu ter um noivo, pois, ao colocar aliança, o noivo logo morria com doenças misteriosas.
Este vídeo mostra um pouso no aeroporto de Macaé. A visão de cima da cidade, de alguns bairros da cidade é bem interessante.

Lagoa de Imboacica

    
A lagoa de Imboacica é o limite natural entre os municípios de Macaé e Rio das Ostras, estando a 11,5km do centro da cidade. 



A Lagoa é um recanto excelente para caminhadas, passeios de bicicleta, patins e skates. Os quiosques servem variedades da culinária brasileira, mas a pedida é um peixinho frito para apreciar o pôr do sol na Lagoa de Imboassica. A prática para o banho está proibida.

 A lagoa tem uma estreita faixa de areia que a separa do oceano, que em determinada época do ano se juntam num belo espetáculo para os surfistas que aproveitam para a prática do esporte.

Apesar de tranqüila, recebe bons ventos para a prática de kite surfe e de outros esportes náuticos, desde que não tenha motor.